Batistas Brasileiros na Região Metropolitana de Toronto (Canadá): migração e religião (Editora CRV, 2021). Lançamento
Este estudo discute o papel da religião (batista) na vida de um grupo de migrantes brasileiros residentes na região metropolitana de Toronto (Canadá), reconhecendo a importância do fenômeno migratório e da religião dentro dos processos transnacionais e migratórios. O texto destaca o crescimento da migração brasileira no Canadá. Aborda-se como aconteceu o surgimento de igrejas batistas étnicas de língua portuguesa nesta região a partir do final dos anos 1970, em parceria com algumas igrejas batistas canadenses, o que resultaria na organização da Associação das Igrejas Batistas de Língua Portuguesa no Canadá. Trabalha-se com os conceitos de diáspora, identidade, migração e redes. Busca-se compreender como esses migrantes constituíram a partir dessas igrejas uma rede de apoio, suas condições sociais, econômicas, lugar de origem e condições que permitiram criar novas conexões entre eles. Apontamos como a igreja étnica exerce um papel que reforça permanentemente a condição de migrante de seus membros, vivendo o paradigma de mantê-lo na fronteira de integrá-lo na sociedade de destino, sem romper completamente seus laços com a sua sociedade de origem.
Evangélicos e Pentecostais: além de suas fronteiras na América Latina (EDUEPA, 2020). Dario Paulo Barrera Rivera, Donizete Rodrigues, Manoel Ribeiro de Moraes Júnior (Org.)
Participação com o capítulo “Batistas Brasileiros e sua Experiência Migratória ao Canadá”, uma investigação sobre comunidades evangélicas que revela como algumas igrejas são agregações de fiéis de uma mesma nacionalidade, transformando a comunidade de fé em algo que ultrapassa a concepção de uma agência religiosa.
Evangélicos e Pentecostais: além de suas fronteiras na América Latina
Diversidade Religiosa e Laicidade no Mundo Urbano Latino-Americano” (Editora CRV, 2016). Dario Paulo Barrera Rivera (Org.)
Os estudos de religião na América Latina constatam importantes reacomodos do campo religioso, com implicações inéditas no campo político. Este livro aborda três deles, em perspectiva teórica ou a partir de estudos de caso: aumento da diversidade religiosa no interior de sociedades tradicionalmente cristãs; a gestão da laicidade do Estado fragilizada pela diversidade religiosa; e, o contexto urbano como caldo de cultivo de formas religiosas heterodoxas, especialmente nas regiões periféricas das grandes cidades. Eixo de análise do livro é à relação entre mundo urbano e religiões. É nas cidades onde os grandes grupos religiosos agem e concorrem. O espaço de disputas religiosas é a cidade moderna e secular. Os estudos que compõem este livro olham para o fenômeno religioso urbano com especial atenção às suas formas contestatárias, populares, diversas, periféricas, no Brasil, na Argentina, no Chile, no Peru e na Colômbia. Formas religiosas cujos protagonistas, migrantes do interior, encontram em comunidades religiosas uma “cidadania” que lhes é negada pela sociedade capitalista, moderna, cosmopolita, excludente e segregadora.
Participação com o capítulo “Bolivianos Batistas na cidade de São Paulo”.
Mobilidade Humana e Identidades Religiosas (Editora Paulus, 2016). Fábio Baggio (SIMI Roma), Paolo Parise (Missão Paz, São Paulo) e Wagner Lopez Sanchez (PUC-SP) (Coords.).
O sonho de ter uma vida digna que possibilite viver bem tem movido a humanidade desde suas origens em busca de outros lugares, de condições sociais mais favoráveis e acolhedoras. Mas essa busca sempre vem carregada de despedidas, de ausências, de perdas, de renúncias, de abandonos, de tragédias e de sofrimentos para crianças, adultos e idosos. As cenas que temos visto nos últimos anos na imprensa são apenas sinais de uma realidade bruta e dolorida para milhares de pessoas. O fenômeno da migração compulsória tem sido uma constante na história da humanidade; nos últimos anos, no entanto, em termos mundiais, ele tem se despontado com muita força em virtude do “êxodo sírio” desde que começou a guerra civil na Síria. A escalada migratória na Europa tem colocado na pauta do dia da imprensa, dos governos e dos organismos humanitários não só o tema da migração, mas também a gravidade de suas causas e a necessidade de se encontrar soluções para esse problema que vai além de medidas paliativas. Por isso, os movimentos migratórios atuais nos obrigam a pensar a própria forma de organização das sociedades atuais que não estão fundadas na justiça e na igualdade. Por isso, os fenômenos migratórios não podem ser vistos como ocasionais e localizados, mas como parte de um sistema social que expulsa as pessoas de suas terras e as exclui do banquete da vida. Acolher essas pessoas que deixam sua cultura, suas famílias, seus amigos e suas condições materiais para trás é, hoje, uma das exigências éticas mais importantes no momento atual. Construir sociedades que não obriguem as pessoas a migrar e que ofereçam as estruturas sociais mínimas para que todo possam viver em paz e com dignidade é uma exigência política prioritária hoje.
Participação com o capítulo “Migração boliviana e religião na cidade de São Paulo: um estudo sobre a Primera Iglesia Bautista Hispana de Brasil”.