A Vinha

Estou relendo nesses últimos dias o delicioso e profundo livro de meu querido amigo pastor Carlos McCord, “A vida que satisfaz” (Alpha Conteúdos). Trata sobre a essência do discipulado, baseado no texto do evangelho de João 15, as palavras de Jesus sobre permanecer na Videira na vinha do Pai. O ramo que permanece na Videira, esse dá o fruto divino da Videira. O ramo não produz, ele recebe e compartilha.

Logo na introdução ele explica que as “palavras aqui apontam para dois lugares – o Calvário e a Videira – e para uma Pessoa. Esses dois locais muito reais revelam duas perfeições de Jesus por nós e em nós. Quem vier a estes lugares não terá falta de nada em sua jornada.” (p.19). Essa frase já vale a aquisição e leitura do livro, mas compartilho a seguir mais um trecho onde ele fala sobre “a Vinha”, para te encorajar a descobrir essa obra.

“Na Videira, nenhum ramo precisa de outro para viver, mas nenhum deles pode ser sozinho a vinha que o Agricultor precisa e deseja. A alegria que um único ramo traz não se compara a alegria que uma vinha inteira pode produzir quando suas satisfações são compartilhadas.

A mesma coisa acontece na comunidade de Jesus chamada igreja. Devemos ser a comunidade unida em Jesus que escolheu não viver sem o outro. Para que isso aconteça dia a dia, precisamos permanecer no amor que Deus tem para nós em Jesus, que nos satisfaz totalmente. Um amor que diz: ´Escolho não viver sem você. Vou permanecer com você eternamente com um coração aberto.´ Esse amor eterno é a vida eterna que nos é dada em Jesus.

Lembro de dizer às minhas filhas que só estariam prontas para se casar quando não precisassem de marido para serem felizes. Talvez inconscientemente, achava que isso adiaria as coisas por um tempo. Mas depois de anos e anos de aconselhamento matrimonial, convenci-me de que a busca do casamento para a felicidade estava matando os casamentos. A necessidade pessoal de felicidade que as pessoas traziam para o casamento colocava muita pressão no relacionamento. Já vira esse filme o suficiente.

Antes que escolhessem um homem para amar por toda uma vida, queria ver minhas filhas felizes o suficiente para que não precisassem de um homem. Queria ouvi-las dizer: ´Não preciso me casar para ser feliz, mas escolho, em minha felicidade em Jesus, casar-me.´ Graças a Deus, elas se casaram felizes ao invés de se casaram para serem felizes.

Somente ramos que permanecem em Jesus são capazes de amar a partir da satisfação e não para ter satisfação. Os ramos conseguem amar porque permanecem no amor. A igreja é a comunidade de Jesus que pode sustentar seu amor, com uns amando aos outros e ao mundo. Como é triste quando isso não acontece. É triste para a igreja, para o mundo e para a glória de Deus.”

(McCORD, Carlos. A vida que satisfaz. Alpha Conteúdos; pp.110-111)

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