10 anos sem Dallas Willard

Hoje marcam 10 anos sem Dallas Willard ou podemos dizer, 10 anos com seu legado. Falecido aos 78 anos nessa data (08-05-2013). Um dos maiores autores e pensadores cristãos sobre formação espiritual. Foi professor de filosofia na Universidade do Sul da Califórnia, Los Angeles desde 1965 até sua morte em 2013.

Entre seus muitos livros publicados, destacam-se a trilogia sobre vida espiritual e discipulado: “Ouvindo Deus” (“In search of guidance, 1999”, republicado sob o título “Hearing God, 2012”); “O Espírito das Disciplinas” (“The Spirit of the Disciplines”, 1988) e “A Conspiração Divina” (“The Divine Conspiracy, 1998” (esse último ganhou uma nova edição em português publicado em 2021 pela editora Thomas Nelson Brasil).

Logo no prefácio de “A conspiração divina“, Richard Foster comenta: “Particularmente eu posicionaria A Conspiração Divina em rara companhia: ao lado dos escritos de Dietrich Bonhoeffer e John Wesley; João Calvino e Martinho Lutero; Teresa de Ávila e Hildegard von Bingen; e talvez de Tomás de Aquino e Agostinho de Hipona”.

Influenciou a vida de diversos autores cristãos como Richard Foster, Ruth Haley Barton, John Ortberg, John Mark Comer, entre outros. Que benção seria ser (re)descoberto hoje por uma nova geração de discípulos de Jesus.

Reflexões sobre o Reino de Deus (parte 3 de 3)

“Jesus ensinou frequentemente por meio de parábolas, e o tema primário das parábolas era o reino de Deus. Muitas das parábolas começaram com “o reino de Deus é semelhante…” As parábolas deixam claro que o reino tem um caráter progressivo. O reino começou pequeno, mas com o passar do tempo começou a se expandir e continuará a crescer até que envolva todas as coisas. Jesus disse que o reino é semelhante a uma semente de mostarda, a menor das sementes (Mt 13.31-32; Mc 4.30-32; Lc 13.18-19). Ele também ligou o reino ao fermento, que se espalha pela massa para que esta cresça (Mt 13.33; Lc 13.20-21). O Antigo Testamento profetizava que o reino seria uma pedra cortada sem o uso de mãos, que se tornaria uma grande montanha (Dn 2.35).

Jesus também deixou claro que nós, como seus discípulos, devemos buscar o reino. Ele disse: “Buscai… em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). A prioridade da vida cristã, de acordo com Jesus, é buscar o reino. A palavra grega traduzida por “em primeiro lugar” é prōtos. A palavra significa mais do que o primeiro numa série; significa primeiro em ordem de importância. De acordo com Jesus, buscar o reino é a tarefa mais importante da vida cristã.

Cristo reina agora como o Cordeiro que é digno de receber o reino de Deus. Esse reino começou e está crescendo, mas não será consumado até que Cristo venha no fim da história humana, para subjugar todos os reinos. Naquele tempo, o reino, que agora é invisível, se tornará visível. Mas, embora o reino seja invisível agora, não é irreal. Na consumação, haverá uma renovação completa da ordem criada como a conhecemos, e Cristo estabelecerá seu reino em toda a sua glória para sempre.”

(SPROUL, R. C.. Somos todos teólogos: uma introdução à teologia sistemática (pp. 436-438). Editora Fiel (www.editorafiel.com.br). Edição do Kindle)

Reflexões sobre o Reino de Deus (parte 2 de 3)

“João veio primeiramente com sua advertência da proximidade radical do reino. Depois, Jesus veio anunciando a presença do reino. Isto foi seguido pelo ápice de sua obra redentora na ascensão, quando ele deixou a terra para ir à sua coroação, na qual Deus o declarou Rei. Quando Jesus estava no Monte das Oliveiras, pronto para partir, seus discípulos lhe perguntaram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (At 1.6). Eles haviam esperado que Jesus agisse, expulsasse os romanos e estabelecesse o reino, mas Jesus respondeu: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (vv. 7-8).

Na resposta à pergunta deles sobre o reino, Jesus deu a missão fundamental da igreja. Os homens estariam cegos para a mensagem do reinado de Jesus; por isso, os discípulos receberam a tarefa de torná-lo visível. A tarefa fundamental da igreja é dar testemunho do reino de Deus. Nosso Rei reina agora. Portanto, colocar o reino de Deus totalmente no futuro é ignorar um dos ensinos mais importantes do Novo Testamento. Nosso Rei veio e inaugurou o reino de Deus. O aspecto futuro do reino é sua consumação final.”

(SPROUL, R. C.. Somos todos teólogos: uma introdução à teologia sistemática; pp. 435-436, Editora Fiel)

Reflexões sobre o Reino de Deus – parte 1 de 3

“Quando os discípulos de Jesus lhe pediram que os ensinasse a orar, ele lhes deu uma oração modelo, a Oração do Pai Nosso (Mt 6.9-13). Como parte dessa oração, Jesus os instruiu a pedir: “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (v. 10). Nestas palavras, Jesus estabeleceu uma prioridade para o povo de Deus orar pela vinda do reino.

A questão é se o reino pelo qual oramos já está sendo manifesto ou ainda está para ser revelado. Isto é uma questão de debate na comunidade cristã e é importante por causa da importância central, na Escritura, do conceito do reino. Em seu livro O Reino de Deus, John Bright, erudito em Antigo Testamento, disse que o reino é o tema que une o Antigo Testamento ao Novo Testamento. No Antigo Testamento, Deus começou a prometer um reino futuro em que sua soberania seria universal e eterna. Todavia, esta promessa não era uma negação do reino soberano de Deus sobre o universo agora. Deus tem reinado desde o momento em que criou todas as coisas. Ao contrário, a promessa tem a ver com a submissão voluntária de todas as criaturas. No presente, o reino deste mundo, sobre o qual Deus tem reinado desde o momento de criação, está fundamentalmente em rebelião contra o seu Rei.

A promessa no Antigo Testamento era a de um reino universal e eterno. É universal não no sentido de que todos serão redimidos, mas de que todos obedecerão. Alguns obedecerão voluntariamente; eles dobrarão os joelhos em devoção sincera. Outros serão forçados à submissão. Virá um dia em que pessoas de todas as nações se submeterão ao Rei ungido de Deus, o Messias.”

(SPROUL, R. C.. Somos todos teólogos: uma introdução à teologia sistemática; pp. 433-434, Editora Fiel)

Perseverança

Ao falar sobre perseverança refletindo sobre o salmo 129, Eugene Peterson escreve em seu livro “Uma longa obediência na mesma direção: discipulado numa sociedade instantênea” (Editora Cultura Cristã), publicado pela primeira vez em 1980:

“O povo de Deus é forte. Por longos séculos aqueles que pertencem ao mundo têm promovido guerra contra o caminho da fé, e eles não conseguem vencer. Já tentaram de tudo, mas nada funcionou. Tentaram perseguição, ridicularização, tortura e exílio, mas o caminho da fé continuou saudável e robusto: “Eles me chutaram por aí desde que eu era novo, mas nunca conseguiram me dominar” [Salmo 129:2 MSG]

“(…) E Paulo. Sua vida temerariamente lançada de adversidade a perseguição e de volta à adversidade. Em uma passagem ele olha para trás e resume:

Fui espancado vezes sem conta. Enfrentei a morte várias vezes. Fui açoitado pelos judeus as trinta e nove vezes regulamentares cinco vezes. Com varas me bateram três vezes. Fui apedrejado uma vez. Sofri naufrágio três vezes. Fiquei vinte e quatro horas no mar aberto. Em minhas viagens estive em perigo constante de rios, de bandidos, de meus próprios conterrâneos e de pagãos. Enfrentei perigo nas ruas de cidades, perigo no deserto, perigo em alto mar, perigo entre falsos cristãos. Já conheci trabalho enfadonho, exaustão, noites inteiras em claro, fome e sede, jejuns, frio e abandono às intempéries. À parte de todas as tribulações externas tenho o peso diário da responsabilidade por todas as igrejas. Pensam que alguém possa estar fraco e que eu não sinta sua fraqueza? Alguém tem sua fé desconcertada sem que eu me queime de indignação? (2Co.11:23-29 cf. trad. Phillips).

Nada disso teve poder para forçar Paulo a sair do seu percurso. Nada disso o convenceu de que ele estava no caminho errado. Nada disso o persuadiu de que tivesse feito a opção errada anos antes na Estrada de Damasco. No final de sua vida, entre as últimas palavras que ele escreveu está esta sentença: “Tenho meu olho na meta, onde Deus nos acena para irmos adiante – para Jesus. Já parti e estou correndo, e não olho para trás” (Fp. 3:13-14).

Apego. Perseverança. Paciência. O caminho da fé não é moda adotada em um século apenas para ser descartada no seguinte. Dura longo tempo. É o caminho que funciona. Já foi testado completamente.”

“(…) O caminho do mundo está salpicado de entusiasmos breves, como o capim naquele centímetro de solo, brotando tão maravilhoso e sem esforço, mas secando com a mesma rapidez. O caminho do mundo está marcado por propósitos orgulhosos que desafiam a Deus, mas que não estão atrelados à eternidade e, portanto são sem valor e fúteis.”

“(…) A realidade central para os cristãos é o compromisso pessoal, inalterável, perseverante que Deus faz conosco. A perseverança não é o resultado de nossa determinação, mas sim o resultado da fidelidade de Deus. Nós sobrevivemos no caminho da fé não porque temos resistência extraordinária, mas porque Deus fica junto de nós. O discipulado cristão é um processo de prestar cada vez mais atenção à justiça de Deus e cada vez menos atenção a nossa própria; encontrar o sentido de nossa vida não em examinar nossos estados de espírito e motivações e moralidades, e sim em crer na vontade e nos propósitos de Deus; fazer um mapa da fidelidade de Deus, não um gráfico da elevação e queda de nossos entusiasmos. É a partir desse tipo de realidade que nós adquirimos perseverança.”

(Eugene Peterson, in: “Uma longa obediência na mesma direção”, Editora Cultura Cristã, p.93-99)

Revestimento de poder

Em seu livro “Avivamento urgente”, o rev. Hernandes Dias Lopes, escrevendo em 1994, fala em um dos capítulos finais sobre “avivamento e revestimento de poder”. Alguns trechos a seguir para encorajá-lo hoje:

“Não há limitações em Deus. Ele pode tudo quanto ele quer. Ele é o Deus dos impossíveis.

Nós cremos no Deus dos milagres. O nosso Deus é imutável. É o mesmo sempre. Ele é o Deus que tem feito notório o seu nome pelos seus atos portentosos. Possui todo o poder e toda a autoridade no céu e na terra. O nosso Deus do nada tudo criou. Ele chama a existência as coisas que não existem. Lançou os fundamentos da terra e impôs limites aos mares. Espalhou os astros no firmamento e chama cada estrela pelo nome. Diante do seu infinito e incomensurável poder, todas as nações são como um pingo que cai de um balde, como um vácuo, como nada, como menos do que nada.

Precisamos avivar em nossa memória a supremacia singular do poder de Deus. Ele é o criador. É o sustentador. Ele é o transcendente, o imanente. Ele está além, está aquém, está ali, está aqui. Ele está no trono. Ele reina. Ele é todo-poderoso.

O nosso Deus é o mesmo que abriu o mar Vermelho; que fez brotar água da rocha; que sustentou o povo no deserto com maná; que fez o cume do Sinai fumegar com o fulgor da sua glória. É o mesmo que desbaratou as divindades do Egito com as dez pragas e venceu todos os inimigos de Israel. O nosso Deus é o mesmo Deus de Elias, Eliseu e Daniel. É o Deus que retém as chuvas e abre as comportas do céu; que fecha a boca dos leões e ressuscita os mortos.

O nosso Deus é o Deus encarnado, o Deus feito homem, ungido pelo Espírito Santo para evangelizar, curar e libertar. É o Deus que deu vista aos cegos, voz aos mudos, audição aos surdos. É o Deus que fez paralíticos andar, limpou leprosos, ressuscitou mortos. É o Deus que triunfou na cruz sobre o diabo e suas hostes, venceu a morte, derrotou o pecado, levou cativo o cativeiro e desbaratou o inferno.

O nosso Deus é o Deus dos apóstolos, o Deus dos milagres. O Deus que reveste a igreja de poder e faz maravilhas ainda hoje.

O nosso Deus é exaltado acima dos querubins. É Deus conosco, Deus em nós e por nós. É Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Não podemos pôr limites em Deus. O poder de Deus está além de nossa compreensão. Não podemos determinar a ação de Deus. Ele é livre e soberano. Não podemos engavetar o tempo dos prodígios divinos nos amarelecidos arquivos da história da igreja.

Deus não está dormindo, também não está de férias. Não envelheceu nem tampouco se aposentou. Ele está no trono, reinando.

(…)A Bíblia diz que somos o sal da terra, a luz do mundo. Somos eleitos de Deus, chamados com santa vocação, regenerados, justificados, convertidos, santificados para a glorificação. Somos lavados no sangue de Jesus e purificados de todo o pecado. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus, coerdeiros com Cristo. Somos sacerdotes reais, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos a menina dos olhos de Deus, a igreja do Deus vivo. Somos o corpo de Cristo, a noiva do Cordeiro, as pedras vivas do santuário, a habitação permanente do Espírito. Somos um povo santo, fiel, amado, guardado e selado pelo Espírito Santo para o dia da redenção. Somos servos de Deus, cooperadores com Deus, embaixadores em nome de Deus, ministros da nova aliança, cidadãos do céu. Somos um com Jesus, um só espírito com o Senhor. Estamos em Cristo, mortos com ele, ressuscitados com ele e com ele assentados nas regiões celestiais, acima de todo principado e potestade.

Diz o profeta Daniel que o povo que conhece o seu Deus é forte e ativo (Dn. 11:32). O povo que sabe quem é e o que tem em Jesus, não se sente inferiorizado e nem complexado. Ergue-se como os valentes de Gideão a tocar a trombeta de Deus e a declarar a sua vitória.

A igreja não pode ficar encavernada, achatada, tremendo de medo diante das portas do inferno. A igreja avança na força do Onipotente e despedaça os ferrolhos das portas do inferno e arranca do império das trevas, da potestade de Satanás e da casa do valente as vidas cativas, para o Reino da luz e da liberdade.

Igreja de Deus, nada de temor! Nada de pessimismo! Nada de derrota! Nada de fracasso! Nossa vitória é segura. Nosso destino é a glória.

Nosso Deus não é Deus de retrocessos e de derrotas. Ele é campeão invicto em todas as batalhas. É Deus de poder. E esse poder é nos dado pelo Espírito Santo. “…recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo…” (At. 1:8).”

(LOPES, Hernandes DiasAvivamento urgente; Ed. Betânia, 1994, pp.79-82)

Avivamento urgente

Em seu livro “Avivamento urgente”, publicado em 1994, o reverendo Hernandes Dias Lopes (pastor titular na Igreja Presbiteriana de Vitória – ES; pastor colaborador na Igreja Presbiteriana de Pinheiros – SP), logo no início tenta responder a pergunta, por que buscar já um avivamento?

“Os avivamentos sempre acontecem em épocas de crise. Em tempos idos, em diversas nações, quando tudo parecia perdido, assolado, cinzento, Deus manifestava-se prodigiosamente, contrariando todas as expectativas agourentas e evidenciando o poder do seu braço onipotente. Quando o solo ressequido bramava por água, Deus derramava torrentes sobre a terra seca (Is. 44:3). Quando a igreja, na sua jornada histórica, se mostrava enfraquecida, falida, desacreditada e sem poder, e todos meneavam a cabeça, profetizando seu fim irreversível, Deus a reerguia das cinzas e a colocava na terra como coroa de glória (Is. 62:1-7).

Nada há que demonstre, de forma tão eloquente, a soberania e o poder de Deus como o avivamento. O avivamento é essa erupção de Deus na história, a manifestação de seu poder irresistível, sua graça soberana e seu favor ilimitado, arrancando a igreja dos escombros de uma religiosidade fria e morta, e transformando a face da sociedade caotizada pelo pecado em cenário de justiça.

O avivamento, ato soberano de Deus, prova que a igreja é de Deus e que Deus não desiste da igreja. O avivamento é prova irrefutável de que a igreja jamais será um povo falido, jamais se perderá nas brumas do tempo, e caminhará, resolutamente, de força em força, de fé em fé, recebendo graça sobre graça, sendo transformada de glória em glória, até chegar ao lar permanente, à casa do Pai.

(…) Aguardamos um avivamento que venha aprofundar a piedade, incitar o quebrantamento e levar as igrejas às noites de vigília e ao jejum. Quando o avivamento chegar, os crentes omissos por-se-ão a trabalhar; os fracos e trôpegos serão fortalecidos; as famílias esmagadas, reerguidas; as dificuldades serão sanadas e as discórdias, eliminadas; pois onde o avivamento chega, medra o amor, acabam as divisões, arrancam-se as raízes da amargura, curam-se as feridas e restabelece-se a comunhão.

Aguardamos um avivamento que venha tirar as igrejas da rotina do formalismo frio, para que os crentes sejam mais santos, o culto mais vivo, a liturgia mais agradável a Deus, a pregação mais ungida, a evangelização mais apaixonada, o envolvimento missionário mais urgente, a ação social mais caridosa e a igreja mais santa.

A busca do avivamento deve ser para nós um caminho sem volta. Não podemos parar. É preciso avançar. É preciso orar como Elias até ver no céu a nuvem da promessa e até escutar o ruído das grandes chuvas. Precisamos orar com determinação até que Deus rasgue o céu e desça sobre nós e nos inflame como o fogo em gravetos secos. Não podemos recuar porque alguns se desviaram, caindo em extremismos com as oposições, com as barreiras da incredulidade ou com os dardos inflamados do maligno.

Não há avivamento sem preço. Não há busca sem oposição. Não há batalha espiritual sem a fúria do inimigo. Não há parto sem dor. Não há colheita jubilosa sem a semeadura regada de lágrimas. É preciso coragem para prosseguir. É preciso fé para não voltar atrás.

(…) É preciso enfatizar, no entanto, que não se recebe avivamento simplesmente falando sobre ele ou fazendo profundas reflexões bíblicas, teológicas e históricas sobre o que Deus fez noutras épocas. O avivamento vem quando a igreja dobra os joelhos em oração, humilha-se diante de Deus e acerta a vida com Deus.”

(LOPES, Hernandes Dias, Avivamento urgente; Ed. Betânia, 1994, pp.15-16; 20-22)

Avivamento

D. Martyn Lloyd-Jones (1899-1981) pregou no ano de 1959 na Westminster Chapel em Londres, uma série de 24 pregações por ocasião do centenário do avivamento que ocorreu em 1859 no País de Galês. Esses sermões foram publicados em 1987 (a primeira edição em português em 1992: Avivamento, PES). Logo na mensagem de abertura, Dr. Lloyd-Jones prega baseado no evangelho de Marcos 9:28-29. Compartilho o texto e algumas frase spara refletirmos sobre esse tema::

“28Quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós expulsá-lo? 29Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração [e jejum]”. (Marcos 9:28-29 ARA)

“Num sentido, é claro, toda pregação deveria promover avivamento, e é somente à medida que nós, como cristãos, entendemos as doutrinas da fé cristã, que poderemos realmente esperar ver a necessidade de avivamento e, portanto, orar por ele (p.11).”

“…não hesito em afirmar que, a não ser que nós, individualmente como cristãos, sintamos uma preocupação séria acerca da condição da Igreja e do mundo hoje em dia, então somos cristãos muito medíocres. Se nos associamos com a Igreja Cristã simplesmente para recebermos ajuda pessoal, e nada mais, então somos meras crianças em Cristo. Se experimentamos crescimento em nossa vida cristã, então devemos ter uma preocupação a respeito da situação, uma preocupação a respeito da condição da sociedade, uma preocupação a respeito da condição da Igreja, e uma preocupação a respeito da armadura do Deus Todo-Poderoso (p.12).”

“A primeira coisa, portanto, que devemos considerar é este problema de diagnóstico. “Esta casta.” O problema com os discípulos era que eles tentaram tratar do problema antes de compreenderem a natureza do mesmo. E aqui está a ligação que a Igreja precisa aprender na época presente. Somos todos tão atuantes; estamos sempre tão ocupados. Afirmamos que somos pessoas práticas. Não estamos interessados em doutrina, e temos que estar constantemente fazendo alguma coisa; assim corremos para o nosso próximo compromisso. E talvez esta seja a razão principal do nosso fracasso. Não paramos para considerar “esta casta”. Talvez não estejamos tão conscientes quanto deveríamos a respeito da verdadeira essência do problema que nos confronta. Mas é uma regra e princípio universal que é loucura, e desperdício de energia, tentar qualquer tipo de tratamento antes de termos primeiro estabelecido um diagnóstico correto.” (p.15)

“Não é suficiente que estejamos conscientes de uma certa necessidade geral, porque essa está sempre presente. Quando este homem trouxe o seu menino aos discípulos, a necessidade era óbvia, mas isso também fora o fato em outros casos em que eles foram bem sucedidos. A necessidade é comum a todos, portanto, o mero fato de termos consciência dela nada diz. Nosso problema é a natureza precisa desta necessidade; qual é o seu caráter, exatamente? E é aqui que devemos pensar e compreender que precisamos de certa perspicácia e compreensão em nossa aproximação, a fim de podermos fazer um diagnóstico.” (p.16)

“O que é “esta casta”? Qual é o problema que está nos confrontando? Eu sinto que, ao examinarmos isto a fundo, veremos que o problema que enfrentamos é muito mais profundo e desesperador do que aquele que a Igreja Cristã enfrentou por muitos séculos. Digo isso porque o nosso problema não é apatia, não é uma simples falta de preocupação ou falta de interesse. É algo mais profundo. Parece-me que é uma completa inconsciência, até mesmo uma negação total, do espiritual. Não é somente apatia, não é que as pessoas no fundo realmente sabem o que é certo e verdadeiro mas não estão fazendo nada a respeito. Não, a própria ideia do espiritual desapareceu. A própria fé em Deus praticamente desapareceu.” (p.17)

“…minha resposta será que tudo isso parece nos colocar na mesma posição dos discípulos que tentaram expulsar o demônio do menino, aqueles homens que tinham sido tão bem sucedidos em muitos outros casos, mas que não conseguiram resolver este caso. E nosso Senhor lhes explica a razão: “Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.” De fato Ele estava dizendo aos discípulos: “Vocês falharam aqui porque não tinham poder suficiente. Vocês estavam usando o poder que têm, e estavam muito confiantes. Vocês o fizeram com muita segurança, sentiram-se senhores da situação, pensaram que teriam sucesso imediatamente, porém não foi assim. Está na hora de pararem para pensar um pouco. Foi a sua ignorância acerca destas gradações de poder entre os espíritos malignos que os levou ao fracasso, e à condição abatida em que se encontram no momento. Vocês não têm poder suficiente. Eu fiz o que vocês não puderam fazer porque Eu tenho poder, porque estou cheio do poder que Deus me dá pelo Espírito Santo, porque Ele não me dá o Espírito por medida. Vocês nunca serão capazes de lidar com “esta casta” até que tenham buscado de Deus o poder que só Ele pode lhes dar. Vocês têm que se conscientizar de sua necessidade, de sua impotência, de sua incapacidade. Vocês precisam compreender que estão confrontando algo que é profundo demais para ser resolvido pelos seus métodos, vocês precisam de algo que pode atingir esse poder maligno e abalá-lo, e há somente uma coisa que pode fazer isso – é o poder de Deus.” (p.22-23)  

“O valor do jejum é que ele nos capacita a dar atenção exclusiva a um certo assunto. Então o que nosso Senhor estava dizendo aos discípulos é isto: vocês só poderão tratar deste tipo de problema  depois de orarem, concentrarem em oração, esperando em Deus, até que Ele os tenha enchido do Seu poder. Quando tiverem certeza de que têm esse poder, então vocês sairão com autoridade. Este é o caminho, e é o único caminho. Certamente ninguém negaria, hoje, que nada além de um poderoso derramamento do Espírito de Deus é adequado para tratar da situação que enfrentamos nesta segunda metade do século vinte*. Vocês ainda estão confiando nestas outras coisas? Esta é a questão crucial. Vocês vêem a desesperada necessidade de oração, de oração por parte de toda a Igreja? Eu não vejo esperança até que membros da Igreja estejam orando por avivamento, talvez se reunindo em lares, ou em grupos de amigos, ou se reunindo em igrejas, ou em qualquer outro lugar, orando com urgência e concentração por um derramamento de poder de Deus, semelhante ao que aconteceu há cem e há duzentos anos atrás, e em todos os outros períodos de avivamento e despertamento. Essa é a nossa única esperança. Mas, no momento em que começamos a fazer isso, a esperança ressurge. Oh, quando Deus manifesta o Seu poder, repete-se o que aconteceu com aquele pobre menino. Com aparente facilidade, quase sem esforço, o demônio é expulso, e o menino é curado e restaurado ao seu pai. Quando Deus Se levanta, Seus inimigos se espalham; esta é a história de todos os grandes avivamentos. Mas não vamos nos interessar por avivamento até que compreendamos a necessidade “desta casta”, a futilidade de todos os nossos esforços e empreendimentos, e a absoluta necessidade de oração e de buscar o poder de Deus, e nada mais (p.24).”  

(LLOYD-JONES, D. M. Avivamento, PES, 1992)

A soberania de Deus

“Um transatlântico zarpa de Nova York em direção a Liverpool. Seu destino já foi determinado pelas devidas autoridades. Nada pode mudá-lo. Isto dá uma pálida ideia de soberania.

A bordo do navio, há dezenas de passageiros. Estes não estão acorrentados, e suas atividades não foram predeterminadas por terceiros. Eles têm completa liberdade para andar pelo navio como bem entender. Comem, dormem, jogam, descansam no convés, leem, conversam, tudo inteiramente a seu próprio critério; mas o navio segue sem parar em direção ao porto de destino.

Tanto a liberdade quando a soberania estão presentes ali e não se contradizem mutuamente. Creio que seja o mesmo com a liberdade do homem e a soberania de Deus. O poderoso transatlântico da soberania de Deus se mantém no curso através do mar da História. Deus se move imperturbável e inexoravelmente em direção ao cumprimento dos propósitos em Cristo Jesus antes da fundação do mundo. Não podemos saber tudo o que implicam tais propósitos, mas nos foi revelado o suficiente para termos uma visão geral do que está por vir e nos dar boa esperança e firme certeza do bem-estar futuro.

Sabemos que Deus cumprirá cada promessa feita aos profetas; sabemos que os pecadores serão um dia erradicados da Terra; sabemos que os redimidos entrarão no regozijo de Deus, e que os justos brilharão no reino de seu Pai. Sabemos que as perfeições de Deus serão universalmente aclamadas, que toda a inteligência criada reconhecerá a Jesus Cristo para glória de Deus Pai, que a atual ordem imperfeita se acabará, e um novo céu e nova terra serão estabelecidos para sempre.

É nesta direção que Deus se move com infinita sabedoria e perfeita precisão em suas ações. Ninguém pode dissuadi-lo de seus propósitos; nada pode desviá-lo de seus planos. Por ser onisciente, não haverá circunstâncias imprevistas ou acidentes. Por ser soberano, nenhuma ordem será cancelada ou autoridade, subvertida. E, por ser onipotente, não faltará poder para atingir os objetivos que ele determinou. Deus é suficiente em si próprio para fazer todas as coisas.

Neste meio-tempo, nem tudo é tão simples quanto este breve resumo pode fazer parecer. O mistério da iniquidade já está operando. Dentro do largo escopo da soberana e permissiva vontade de Deus, o embate mortal do bem contra o mal segue crescendo em fúria. Deus cumprirá sua vontade em meio à tempestade e ao furacão, mas a tempestade e o furacão são um fato, e, como seres morais, cabe-nos fazer nossas escolhas na situação moral que se nos apresenta.

Certas coisas foram decretadas pela livre determinação de Deus, e uma delas é a lei das escolhas e consequências. Deus decretou que todos os que livremente se entregassem a seu Filho Jesus em obediência de fé receberiam vida eterna, tornando-se filhos de Deus. Ele também decretou que os que amassem as trevas e sustentassem a rebelião contra a elevada autoridade dos céus permaneceriam em afastamento espiritual e por fim sofreriam a morte eterna.

Reduzindo a questão a termos individuais, chegamos a algumas conclusões vitais assim como altamente pessoais. No conflito moral ao nosso redor, quem estiver ao lado de Deus escolheu o lado vencedor e não poderá se derrotado; quem quer que esteja do lado oposto estará do lado perdedor e não poderá vencer. Não há aqui espaço para acaso ou probabilidades. Há liberdade para se escolher um lado, mas não para negociar os resultados da escolha feita. Pela misericórdia de Deus, podemos nos arrepender de uma escolha errada e alterar as consequências fazendo uma nova escolha, desta vez correta. Não há como ir além disto.

Toda a questão das escolhas morais gira em torno de Jesus Cristo. Cristo disse claramente: “Aquele que não é comigo é contra mim”, e: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. A mensagem do evangelho incorpora três elementos distintos: um anúncio, um mandamento e um chamado. Ele anuncia as boas novas da redenção pela misericórdia; ele ordena que todos os homens se arrependam e os chama a render-se aos termos da graça mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Todos devemos escolher se obedeceremos ao evangelho ou se lhe daremos as costas em descrença, rejeitando sua autoridade. Nossa escolha é pessoal, mas as consequências da escolha já foram determinadas pela soberana vontade de Deus, contra a qual não existe apelação possível.”

(TOZER, A. W. O conhecimento do Santo, Ed. Impacto, 2018, pp.225-228)

Uma longa obediência na mesma direção (E. Peterson)

Estou relendo o clássico “Uma longa obediência na mesma direção: discipulado numa sociedade instantânea)”, de Eugene Peterson (1932-2018), publicado em 1980, tendo sua primeira edição em português em 2005 (hoje publicado pela Editora Cultura Cristã).

Eugene Peterson é considerado por muitos como um pastor de pastores, é um dos meus autores permanentes em minhas leituras e sempre que possível retorno a seus textos.

Cada capítulo desse livro faz uma reflexão sobre os “Cânticos de Subida” (Salmos 120 a 134), quinze salmos que possivelmente eram cantados durante a peregrinação dos hebreus quando subiam até Jerusalém três vezes por ano para as grandes festas de culto religioso citadas em Êxodo 23:14-17 e 34:22-24 (Festa dos Pães sem Fermento/Festa da Páscoa no começo do verão; Festa das Semanas/ou Pentecostes no outono; e Festa das Tendas/ou Tabernáculos no fim do ano).

Algumas citações para encorajar você nessa deliciosa e rica leitura:

“Este mundo não é amigo da graça. Uma pessoa que assume um compromisso com Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador não encontra uma multidão se formando imediatamente para aplaudir a decisão, nem amigos antigos se reunindo espontaneamente à sua volta para dar os parabéns e aconselhamento. Comumente nada é diretamente hostil, mas há um acúmulo de desaprovação e indiferença agnóstica que constitui, assim mesmo, uma oposição espantosamente pavorosa.” (p.11).

“Uma pessoa precisa estar totalmente aborrecida com o modo em que estão as coisas para encontrar a motivação para partir no caminho cristão. (…) O indivíduo tem que estar farto com os modos do mundo antes que ele ou ela adquira um apetite pelo mundo da graça.” (p.19).

“[Salva-me das mentiras dos anunciantes que afirmam saber o que eu preciso e o que desejo, das mentiras dos que oferecem entretenimento, que prometem um caminho barato para a alegria, das mentiras dos políticos que fingem instruir-me sobre o poder e a moralidade, das mentiras dos psicólogos que oferecem moldar meu comportamento e meus princípios morais para que eu viva uma vida longa, com felicidade e sucesso, das mentiras dos beatos que “curam superficialmente as feridas deste povo”, das mentiras dos moralistas que fingem promover-me à posição de capitão do meu destino, das mentiras dos pastores que “se livram do mandamento de Deus para você não ser incomodado ao seguir as modas religiosas!” (Mc. 7:8). Salva-me da pessoa que me conta sobre a vida e omite Cristo, que é sábia quanto aos caminhos do mundo e ignora o mover do Espírito.” (p.20).

“John Baillie escreveu: “Estou certo que o trecho da estrada que mais precisa ser iluminado é o ponto em que ela se bifurca”. O Deus do salmista é um relampejar de raio que ilumina justamente esse tipo de bifurcação. O Salmo 120 é a decisão de escolher um caminho em oposição a outro. É o ponto crucial que marca a transição de uma nostalgia sonhadora para uma vida melhor a uma peregrinação dura de discipulado em fé, a mudança de reclamar sobre como as coisas estão más e ir atrás de todas as coisas boas.” (p.21).

“Arrependimento é a mais prática de todas as palavras e o mais prático de todos os atos. É um tipo de palavra concreta. Põe a pessoa em contato com a realidade que Deus cria. (…)O tolo olha para o relâmpago, o sábio para a estrada que ali está – iluminada – à sua frente.” (p.22).

“Arrependimento, a primeira palavra na imigração cristã, nos coloca no caminho para a viagem na luz. É uma rejeição que também é uma aceitação, uma partida que se desenvolve numa chegada, um não ao mundo que é um sim para Deus.” (p.24).

“Para muitos, a primeira grande surpresa da vida cristã é na forma das dificuldades que enfrentamos. Parece que não é bem o que tínhamos previsto; esperávamos algo bem diferente; tínhamos a mente colocada no Éden ou na Nova Jerusalém. Despertados rudemente, olhamos em redor buscando socorro, buscando no horizonte alguém que nos auxilie: “Elevo os meus olhos para os montes; será que minha força vem dos montes?”. (p.28).

“A promessa do salmo – e tanto os hebreus como os cristãos sempre o leram assim – não é que nunca iremos dar uma topada com os dedos do pé, mas que nenhum ferimento, nenhuma doença, nenhum acidente, nenhuma ansiedade terá poder maléfico sobre nós, isto é, poderá separar-nos dos propósitos de Deus para nós.

Nenhuma literatura é mais realista e honesta em enfrentar os duros fatos da vida do que a Bíblia. Em nenhum momento há a menor sugestão que a vida de fé nos isente de dificuldades. O que a Palavra promete é a preservação de todo o mal no meio delas. Em cada página da Bíblia há o reconhecimento de que a fé depara com problemas. O sexto pedido da Oração do Senhor é “Não nos deixe cair em tentação, mas livre-nos do mal”. Essa oração é respondida todos os dias, às vezes várias vezes por dia, na vida daqueles que percorrem o caminho da fé. São Paulo escreveu: “Nenhuma provação ou tentação que apareça no seu caminho será mais forte do que as que outros já tiveram de enfrentar. Tudo de que você precisa lembrar é que Deus nunca o desapontará; ele nunca deixará que seja pressionado além de seu limite; ele sempre estará lá para ajudá-lo a passar por ela” (1 Co. 10:13).” (p.30).

“Nenhuma das coisas que lhe acontecem, nenhuma das dificuldades que você encontra tem algum poder para se colocar entre você e Deus, diluir a graça dele em você, distrair a vontade dele de você” (ver Romanos 8:28, 31, 32).” (p.31).

“…o Salmo 121 diz que a mesma fé que funciona nas grandes coisas funciona nas pequenas coisas. O Deus de Gênesis 1 que das trevas tirou a luz é também o Deus do dia de hoje que o guarda de todo o mal.” (p.31)

“A vida cristã não é um retiro solitário num jardim onde podemos caminhar e conversar com o nosso Senhor sem interrupções, não é uma viagem fantástica a uma cidade celestial onde podemos comparar nossas taças e medalhas de ouro com as de outras pessoas da roda de campeões. Supor isso, ou esperar isso, é virar a porca no sentido contrário. A vida cristã é ir até Deus. Ao ir a Deus os cristãos percorrem o mesmo terreno que todos os outros percorrem, respiram o mesmo ar, bebem da mesma água, fazem compras nas mesmas lojas, lêem os mesmos jornais, são cidadãos sob o mesmo governo, pagam os mesmos preços para alimentos e gasolina, temem os mesmos perigos, estão sujeitos às mesmas pressões, sofrem as mesmas aflições, são enterrados no mesmo chão.

A diferença é que a cada passo que caminhamos, a cada fôlego que tomamos, sabemos que somos preservados por Deus, sabemos que somos acompanhados por Deus, sabemos que somos governados por Deus; portanto, sejam quais forem as dúvidas que suportamos ou os acidentes por que passamos, o Senhor nos guardará de todo mal, ele guardará a nossa própria vida. (…)A fé não é uma questão incerta de escapar por acaso dos ataques satânicos. É a experiência sólida, maciça, segura de Deus, que impede todo mal de penetrar dentro de nós, que guarda nossa vida, que guarda-nos quando saímos e quando retornamos, que nos guarda agora, que nos guarda sempre.” (p.32).