Estou lendo e aprendendo muito com o livro “Por que enfurecem as nações: reflexões sobre fé e política em tempos de polarização”, escrito pelo pelo pastor americano Jonathan Leeman, doutor em teologia e política, mestre em teoria política e diretor editorial do ministério 9Marks, além de ser presbítero na Cheverly Baptist Church, em Washington, DC.
Pulicado pela Thomas Nelson Brasil, esse livro trata com muito cuidado um tema atual e nos convida a uma reflexão profunda, ampla e necessária sobre o tema. Leeman já tem diversos livros publicados em português com temas mais voltados a eclesiologia, mas gostaria de destacar algumas frases, apenas do primeiro capítulo desse novo livro, para encorajá-lo nesta leitura.
“Igreja e Estado são instituições distintas providas por Deus e devem permanecer separadas. Toda igreja, porém, é uma organização política em todos os aspectos. E todo governo é um campo de batalha entre deuses, de modo a ser profundamente religioso. Ninguém separa sua política da sua religião, seja cristão, agnóstico, ou um progressista secularizado. Isso é impossível.”
(LEEMAN, Jonathan. “Por que se enfurecem as nações: reflexões sobre fé e política em tempos de polarização”, Thomas Nelson Brasil, 2022; p.27).
“Primeiro seja, depois faça. Não venha me dizer que você está interessado em política se você não procura ter uma vida mais justa, reta e apaziguadora com todos que fazem parte de seus círculos mais próximos.” (Ibid. p.30).
“A política deveria começar com cada um de nós colocando de lado as espadas verbais que podemos ser tentados a brandir contra outros membros da igreja que votem diferentemente de nós. Qualquer impacto político que nossos irmãos na fé possam ter na igreja e por meio dela durará para sempre. É excelente a forma como meu pastor principal, Mark, coloca: ´Antes e depois dos Estados Unidos, houve e haverá a igreja. Nossa nação é um experimento. A igreja é uma certeza´.
Quando digo que devemos ser antes de fazer, quero dizer que a igreja local deve primeiramente se empenhar para viver a justiça, a retidão e o amor em unidade. Somente então ela pode recomendar seu entendimento de justiça, retidão e amor à nação.
(…) quero mudar nosso enfoque de redimir uma nação para viver como uma nação redimida. (…) Nossa vida no meio da congregação deve nos ensinar sobre a justiça e o amor que Deus deseja para toda a humanidade. Então, as lições que aprendemos dentro da igreja esclarecerão nossa ação pública fora dela.” (Ibid. p.31).
“Quero que o povo de Cristo siga a Cristo em todas as áreas da vida, inclusive quando desempenham as funções de eleitores, servidores públicos, lobistas, jornalistas, juristas e cidadãos.” (Ibid. p.35).
“Seu batismo declara que você foi sepultado e ressuscitado com Cristo, devendo representar a virtude, a justiça e o amor dele em todo lugar que for.
A postura política cristã, em poucas palavras, não deve jamais ser a de se abater. Nem a de prevalecer. Deve sempre ser a de representar, e devemos fazê-lo quer o mundo nos ame ou nos despreze. Qualquer um que lhe diga: ´Recue, estamos perdendo!´ ou ´Avance, estamos ganhando!´ provavelmente já sucumbiu a um tipo de utopismo, como se fosse possível construirmos um céu na terra. Em vez disso, o céu começa em nossos cultos, ainda que como um mero reflexo turvo. Os cristãos, são embaixadores do céu e nossas igrejas são suas embaixadas. Nem pânico nem triunfalismo nos caem bem – já uma alegre confiança sim. Representamos esse reino celestial futuro no tempo presente, esteja o horizonte nublado ou límpido.” (Ibid. p.36).
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