Assista o estudo realizado em nossa comunidade (Comunidade Batista de Santo André) no sábado (24/9) com o tema “Sal e luz em tempos de polarização: o testemunho cristão e o exercício de sua cidadania”. Uma conversa pastoral em ano eleitoral. Disponível também em áudio pelo Spotity e Apple Podcast da Comuna Batista (links disponíveis no site da igreja).
Arquivo mensal: setembro 2022
Sal e luz – o cristão em uma sociedade não cristã
“O cristão em uma sociedade não cristã”, um livro escrito em 1984, mas que tem muito a falar ainda a nossa e futuras gerações sobre o que é ser “sal e luz” em nossa sociedade. Esse clássico de John Stott precisa ser (re)descoberto e trazido à mesa para conversas pastorais e discipulado nos dias de hoje (acrescentaria na sequência ou antecedendo a essa leitura seu outro clássico escrito em 1992, “O cristão contemporâneo”, para completar o pensamento de Stott nesses temas). Compartilho algumas frases para encorajá-lo nessa leitura.
“O mundo é a arena em que devemos viver e amar, testemunhar e servir, sofrer e morrer por Cristo”.
STOTT, John. O cristão em uma sociedade não cristã. Thomas Nelson Brasil, 2019, p.43.
“De um lado, a igreja é um povo “santo”, chamado para fora do mundo a fim de pertencer a Deus. De outro, é um povo “mundano”, no sentido de renunciar à sua cidadania “do outro mundo” e de ser enviado de volta ao mundo atual para testemunhar e servir.” (Ibid., p.54)
´Mais importante do que os meros números de discípulos professos são a qualidade de seu discipulado (manter os padrões de Cristo sem compromisso) e o seu emprego estratégico (conquistar posições de influência para Cristo). Nosso hábito cristão é lamentar os padrões do mundo em deterioração com um ar de desespero um tanto farisaico. Criticamos sua violência, sua desonestidade, sua imoralidade, seu desrespeito à vida humana e sua ganância materialista. “O mundo está indo por água abaixo”, dizemos balançando a cabeça. Mas a culpa é de quem? Quem é o culpado? Deixe-me dizê-lo assim: Se a casa estiver escura quando a noite cai, não faz sentido culpar a casa; é o que acontece quando o sol se põe. A pergunta que precisamos fazer é: “Onde está a luz?” Semelhantemente, quando a carne estraga e se torna intragável, não faz sentido culpar a carne; é o que acontece quando permitimos que as bactérias se multipliquem. A pergunta que precisamos fazer é: “Onde está o sal?” Da mesma forma, se a sociedade se deteriora e seus padrões entram em declínio até que ela se transforme em noite escura ou peixe podre, não faz sentido culpar a sociedade; é o que acontece quando homens e mulheres caídos são entregues a si mesmos e o egoísmo humano não é controlado. A pergunta que precisamos fazer é: “Onde está a Igreja? Por que o sal e a luz de Jesus Cristo não estão permeando e mudando nossa sociedade?” É pura hipocrisia da nossa parte levantar as sobrancelhas e os ombros ou esfregar as mãos. O Senhor Jesus nos instruiu a sermos o sal e a luz do mundo. Se abundarem escuridão e podridão, em grande parte a culpa é nossa, e precisamos assumir a responsabilidade.” (Ibid., p.84-85)
“Quando o evangelho é pregado de forma fiel e ampla, ele não só leva uma renovação radical até os indivíduos, mas produz o que Raymond Johnston chamou de “uma atmosfera antisséptica”, em que blasfêmia, egoísmo, ganância, desonestidade, imoralidade, crueldade e injustiça não florescem com tanta facilidade. Um país permeado pelo evangelho não é um solo em que as ervas daninhas conseguem arraigar-se com facilidade, muito menos florescer.” (Ibid., p.88)
“Se é verdade que Deus costuma operar por meio dos insignificantes e pequenos para realizar seus propósitos, então não há desculpa para um cristão sentir-se alienado. Bem pelo contrário: devemos deleitar-nos com o fato de que ninguém é insignificante demais para ser usado por Deus a fim de mudar o mundo.” (Ibid., p.95)
“…num mundo caído, nenhum programa político pode reivindicar ser a expressão da vontade de Deus.” (Ibid., p. 33).
Levando Deus em conta
Continuo a leitura (sem pressa, sem leitura dinâmica, sem ter que cumprir meta, ô coisa boa) do livro “Lendo a Bíblia de modo sobrenatural” e sendo tremendamente abençoado, desafiado e inspirado a cada página que o pastor John Piper compartilha nesse 2º livro de sua trilogia (1º – Uma glória peculiar; e o 3º – Exultação expositiva). Compartilho aqui mais um pequeno trecho para te encorajar a se engajar nessa leitura também:
“O mundo pensa que, por sermos capazes de colocar o homem na lua, curar doenças, construir arranha-céus e estabelecer universidades, podemos entender as coisas sem referência a Deus. Entretanto, isto é um ponto de vista pateticamente restrito. É restrito porque supõe que o mundo material é enorme e Deus é pequeno. É restrito porque acha que ser capaz de fazer coisas com a matéria, enquanto permanece cego para Deus, é brilhante. Mas, na verdade, um momento de reflexão na atmosfera envolvente do teocentrismo bíblico nos lembra que, quando Deus é levado em conta, o universo material é ´uma parte infinitamente pequena da existência universal´.
Essas são palavras de Jonathan Edwards. Ser impressionado com o universo material e não ser impressionado com Deus é como ficar admirado com o monte Buck, em Minnesota, e entediado com as Montanhas Rochosas do Colorado. Se Deus vestisse um casaco com bolsos, ele levaria o universo em um dos bolsos, como um amendoim. Pensar no significado desse amendoim, sem referência à majestade de Deus, é a obra de um tolo.
Portanto, o retrato de Deus na Bíblia exige que sempre leiamos a Bíblia com o alvo de ver a glória de Deus. Quando Paulo disse que ´dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas´ (Rm. 11:36), não estava querendo dizer ´todas as coisas exceto as que estão na Bíblia´. Ele queria dizer realmente todas as coisas. E, em seguida, acrescentou: ´A ele, pois, a glória eternamente´. Isso significa: a glória de Deus é a origem, o fundamento e o alvo de todas as coisas. A glória de Deus é o alfa e o ômega de todas as coisas – e cada letra entre elas. E, portanto, a glória de Deus dá significado a todas as coisas. E não estaríamos blasfemando em dizer que este Deus glorioso é algo menos do que o significado supremo de todas as coisas?”
(PIPER, John. Lendo a Bíblia de modo sobrenatural: provando e vendo a glória de Deus nas Escrituras; Editora Fiel; pp.110-111)
Bicentenário da independência do Brasil. Dia de orar por nossa nação.
7 de setembro de 2022. Nesse dia especial em nossa terra, bicentenário da independência do Brasil, ore por nossa nação.
“17Peço ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, que conceda a vocês espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele. 18Peço que ele ilumine os olhos do coração de vocês, para que saibam qual é a esperança da vocação de vocês, qual é a riqueza da glória da sua herança nos santos 19e qual é a suprema grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder. 20Ele exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nas regiões celestiais, 21acima de todo principado, potestade, poder, domínio e de todo nome que se possa mencionar, não só no presente século, mas também no vindouro. 22E sujeitou todas as coisas debaixo dos pés de Cristo e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Ef.1:17-23)
“16Peço a Deus que, segundo a riqueza da sua glória, conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito, no íntimo de cada um. 17E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor. 18Isto para que, com todos os santos, vocês possam compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade 19e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que vocês fiquem cheios de toda a plenitude de Deus.
20Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, 21a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” (Ef. 3:16-21)
“‘se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” (2Crônicas 7:14)